é o contrário da tristeza. o que é a tristeza? todo período, para um indivíduo no qual parece impossível sentir-se alegre. levantamos de manhã e sabemos que não nos sentiremos felizes nenhuma vez durante o dia, `as vezes acreditamos até que não nos sentiremos felizes nunca mais. aqueles que passaram por isso conhecem o peso do horror, do desgosto, do sofrimento. e eles sabem também, por oposição, que a felicidade existe. o que é a felicidade? certamente não é uma alegria contínua e estável. isso não existe. é somente um sonho que nos afasta da felicidade. a felicidade é o contrário da tristeza: sou feliz quando tenho a sensação de que a alegria é imediatamente possível, que pode aparecer de um momento a outro, que ela talvez já esteja aqui, claro que não de maneira permanente mas com essa facilidade, essa espontaneidade, essa leveza que torna a vida agradável. a felicidade não é algo absoluto, mas como é bom..
1. porque a vida tá leve feito esse começo de verão.
bye, bye análise, bye, bye clarice, bye, bye livro do desasossego.
bye,bye ulay. bye,bye questionamentos. bye,bye profundezas do eu.
bye,bye trevas. bye,bye buracos, bye, bye luto.
2. intensivão nos prazeres.
3. jogada na mostra. nos amigos. no amor. cheia pra dar.
4. preguiçosa de outras coisas que não sejam essas citadas acima. sem culpa alguma. feliz. da vida.
5. nem high nem low nem high low
quinta 11h44
(filme da mostra de hoje, domingo) que tristeza. eu e o guto saímos arrasados da sessão. eu já sabia que isso ia acontecer, mas estava curiosa. uma porque eu acho a Carey Mulligan uma das melhores atrizes da nossa geração. ela já tava foda como esposa que leva os chifres no brokeback moutain e nesse filme de hoje ela tá um arraso, tiro meu chapéu. a história se passa no final dos anos 70, no interior da inglaterra, onde crianças são criadas exclusivamente para serem doadoras de orgãos quando se tornarem adultas. nesse ambiente, nasce um triângulo amoroso, da infância até o momento da morte deles. ai. triste até. é o segundo longa desse diretor (mark romanek) que fez carreira com video-clipes. eu achei um pouco longo, `as vezes careta e moralista. mas vale pela Carey. e tem momentos de muita beleza. se tratando da mostra, vale o quanto pesa.
fui pra ver "air doll" mas acabei entrando na animação francesa do Sylvain Chomet, do mesmo diretor das bicicletas de beleville - tava com o tom e com a lau e a gente tinha acabado de ver um outro francês ("o inesperado") meio barra pesada e decidimos pegar uma animação pra descontrair. ai que coisa mais linda. é um roteiro inédito do jacques tatit e o personagem principal é claramente inspirado nele. o mágico, em decadência, pula de bar em bar, sem sucesso algum, sempre passado para trás por novos artistas, bandas de rock do momento - o filme se passa nos anos 50. até conhecer uma jovem garçonete que se encanta por ele... e se convence que ele é um mágico de verdade. lindo, lindo. e a trilha é de fuder.
é um passo a passo de um nó de uma gravata com a legenda "o dia em que eu me preparei para que você me "para o meu amor que me laça e me solta todos os dias" assim, solto, despretencioso, em cima do meu computador......
sonhei agora, pulei da cama: uma puta festa na sala da casa da minha mãe. os móveis sumiram e deram lugares a mesas, copos, taças, talheres, cortinas de veludo. estava sentada numa mesa com o guto. todos da trupe. muita gente. haviam desconhecidos animados. ao mesmo tempo que era super chique o guto estava comendo pastel e eu comia pão de queijo no prato de louça luis 15. um homem vai até o corredor e começa a soltar fogos de artifício para cima. os fogos na verdade são milhares de papéis coloridos. puta espetáculo. depois de uns 5 números, um deles atinge a casa. a casa fica inundada por papel, como uma enchente que começa a crescer, as pessoas ficam presas, claro é só papel, mas no sonho a gente não pensou nisso... foi o suficiente para todo mundo entrar em pânico. todos iam morrer se não saíssem de lá. eu saí correndo sem olhar para trás. pulei o muro. ouvia as tosses do gongom (ele também estava lá) e eu dizia: siga a minha voz, siga a minha voz, conheço o caminho da saída. mas ele estava tão desesperado que nada fazia, não conseguia me ouvir e se perdeu na multidão. enquanto eu pulava o muro eu pensava: deixei o guto para trás. não são nesses momentos que a gente deve ficar junto da pessoa que se ama? ou são nesses exatos momentos que vem a sensação no corpo salve se quem puder? eu havia escolhido a segunda opção, mas estava cheia de culpa. me questionava em relação a isso enquanto livrava a minha pele pulando o muro. pulei e deixei meu amor, minha família e minha casa para trás. é a história contada pelo pedro, 81, garimpeiro mineiro, místico, sábio, feiticeiro, carismático, encantador senhor que mora num lugar mágico e muito pobre no quilombo quartel de indaiá, distrito de diamantina. o filme é um documentário-ficcional que refaz o funerário de joão batista, figura que gera muita controvérsia no lugarejo. mas o lance mesmo é o pedro e seus "causos" sobre os diamantes e coisas da vida. sua mulher doida e maravilhosa. e aquele lugar lindo. e guimarães rosa na veia. deus e o diabo. a vida e a morte. e o além da morte. e os mortos também. o filme é lindo demais e não dá vontade de parar de ouvir o pedro falar.. todo mundo comentando que quer casar com o capitão nascimento, blablabla.tá até cansativo. já que ele é o mocinho do momento, por que não botaram logo alguém pra beijar na boca dele no filme e catartizar a mulherada toda da platéia?? a arte me levou ao conceito de uma escultura que começa na palavra e no pensamento, que aprende a construir idéias com a palavra, e a transferir para as formas, o sentir e o querer se o pensamento não falhar nessa tarefa, aparecerão as imagens que espelham o futuro (ai como eu queria sentar aí..) fiquei pensando o que dizer pra ela simone, imagine uma bexiga. essa sou eu. então lá vou eu assoprando, assoprando, assoprando, milhares de coisas, informações preciosas sem saber o que fazer com elas ali dentro. a bexiga começa a crescer e a não caber nos lugares, porque o corpo dela não é redondo e gordo, o corpo dela é pequeno e maleável, do tamanho de uma bexiga vazia, é esse o corpo que ela se reconhece. ou seja, eu estava descabida. eu estava agora imensa, cheia de insights poderosos e significativos sobre a minha infância, sobre o ser mulher, sobre meu comportamento com o mundo, mas sem nem conseguir enxergar meu próprio pé! o que eu faço com isso tudo aqui? essa sou eu, agora? mas essa eu não me reconheço, e essa eu não sei se eu quero pra mim, não agora. preciso de ar. aqui, sem espaço, apertada e a ponto de estouro eu não vou conseguir me ajudar. tem me faltado algumas coisas se existe um código comum em todas as mulheres é o fator cabelo barra mudança. quando se quer mudar, o que quer que seja, a gente começa com os cabelos. foi o que eu fiz. fui lá no charles ontem e raspei uma das laterais. leio essa minha atitude como uma rebeldia, uma vontade de mudança, de agir em cima da situação que me apresenta tão estranha, misteriosa e enigmática. mas ao mesmo tempo um desejo de querer conservar algo do passado, de não me abandonar completamente, de não ser uma nova adelita, de reinventar o que se tem, eu diria. ta aí, a resposta.
falo que você me deixa de bochecha vermelha e você ri diz que eu gosto de confusão sim você me saca e eu te digo adoro esses programas do tipo márcia que o povo tem umas histórias malucas mais confusas impossíveis e então justo você vem me dizer que isso tudo é um paradoxo porque você sai correndo de uma confusão mas ao mesmo tempo tá sempre envolvido nelas talvez seja isso que me atrai eu não sei o resto mas você pra mim é mais que isso tudo é uma fantasia infantil dos tempos de criança apesar da sua idade quase encostar na minha e não fazer tanto sentido mas você exerce um papel que me desperta e me tira dos meus problemas pelo contrário você não é confusão é solução por aqui que também me tensiona me deixa de bochecha vermelha é gostoso e você gostou de ouvir isso da minha boca deu risada e não me disse nada ficou mudo tive vontade de perguntar como é que você se sente quando me vê mas você só ouviu meu desabafo e deu risada me deixou no mistério então eu não sei se isso é medo ou falta de desejo ou então tá simplesmente esquivando o corpo porque não gosta de confusão mas eu não caio no seu papo você tá no meu eu sei eu sinto você nem precisa me dizer eu vou atrás vou te deixar confuso até você amolecer devagarinho pra poder caber e se entregar
eu tô te confundindo
prá te esclarecer tô ficando cega
prá poder guiar qual é o conselho que você daria para você mesmo no passado?
era isso que estava escrito na revista, em cima da mesa, na sala de espera "adelita, o mundo vai cair. você vai se apaixonar, se desapaixonar. você irá para a india querendo ser monja e vai descobrir a felicidade morando sozinha num apartamento pequeno e barulhento ao lado da nove de julho. vai reencontrar antigos amores e quando achar que a vida não pode ser melhor, cairá num buraco inclinado como uma bola de neve. então quando se deixar acelerar por você mesmo, descobrirá que a única coisa que importa, afinal, é a vertigem da queda. adelita querida, aproveite. a vida é mais que seus sonhos mais surrealistas podem te levar. permaneça com fé que ela chega a ser mais importante que a felicidade. olha, vale a pena. boa sorte. estamos juntas, não se sinta nunca sozinha. e não tenha medo da sua força. não sinta culpa de ser forte, não recue, avance. silencie quando necessário. peça colo. peça colo. estenda a mão para pedir socorro e socorrer. estenda a mão sempre. mãos fechadas guardam sonhos, mãos abertas recebem os desejos do mundo. que venham todos! e por fim, continue infuenciável, sinal que você está aberta ao mundo". se eu me abandonar em você
há muito tempo atrás eu digo pra mim mesma que eu vou parar com as minhas mil coisas que eu me meto a fazer para abraçar total e simplesmente o que realmente me interessa. o mais ou menos não me interessa. existe um auto-engano em viver coisas parciais porque sou gulosa. quero um pouco de tudo, ou melhor quero tudo muito. mas a boca não é do tamanho do mundo, os olhos talvez sejam e essa matemática quase sempre dá errado e me gera frustrações. não há como não me envolver com tudo que me interessa. e o que fazer se me interesso SEMPRE por quase tudo? mas não há coração que aguente tanto envolvimento. já vivi achando que lá dentro existe um armário cheio de gavetinhas que você arquiva as sensações, memória, saudade e experiências presentes. dá tudo certo. porém meu armário está pequeno. a faxina precisa ser feita, arquivos velhos devem ser considerados arquivos mortos. é hora de reciclar. abrir espaço. passar paninho na gaveta e aguardar com cuidado o que vem por aí. mas antes eu preciso treinar meu desapego. exercício de fé. 5 out - terça, 7h56. quando o pássaro é você mesmo, e a armadilha é você quem cria
(foto: rebecca horn)i am not the girl who misses much
aqui. agora. aqui. agora. aqui. eu tô aqui. agora. tenho te procurado por aí, afora. quando me sinto perdida recordo, me finco. terra que você mesmo adubou pra que eu pudesse construir a minha casa, morada de amor. casa larga, onde os pássaros entram pela janela, sempre aberta. a nossa, aquela. janela aberta pra você voar quando quiser e nunca, nunca se sentir preso. você não suporta isso, eu também. olha: a janela permanecerá aberta sempre, sempre, sempre. pra te receber quando você quiser voltar. isso não é um chorinho, é só uma vontade. uma saudade que veio junto com o vento. tô aqui olhando por ela. quem sabe. eu nem te conto, eu só desejo e mando pro céu de volta. te vejo em carta, foto, novela, livro e no piano de cauda que está silencioso. também sente falta do seu toque. é isso. assoprei. fui eu que mandei o beijo. ... até logo, aqui. agora. aqui. agora -- até...
passo 1. detectar a vontade passo 2. agarrá-la com tudo
um destino pra chamar de meu fase longa. deixa-me impaciente, preciso andar. lua estranha. o dia passa, às vezes incrível, outras vezes simplesmente passa. com rebecca horn no café da manhã é inspirador. carpinejar à tarde, motivo de viver. a vida é boa, minha cara. eu penso e esqueço o resto. então a noite chega com a lembrança de tudo. são nos sonhos que moram os mais terríveis pesadelos. terrível é não saber o que se deseja quando existem mil possibilidades pelo caminho. a pior angústia não é escolher uma estrada e se arrepender depois: a pior angústia é não escolher. parar no cruzamento de mil avenidas, ruas tortas, escuras - cada uma que você entrar é uma surpresa - e então você silencia. freia bruscamente e não sabe mais onde está o acelerador. perde a mão. você que fez os seus castelos e sonhou ser salva do dragão. fica lá, ouvindo a buzina do mundo te cobrando uma decisão porque a fila anda, tem gente atrás e você tá empacando a ordem natural das coisas. cada minuto que passa a tensão aumenta para que você escolha algo e chame de seu destino, é por aqui que eu vou. e você o que faz? continua ali, parada. sem reação. sem saber para onde ir. procura a espada do seu salvador. nada encontra. é uma fase longa. amanhece, anoitece. faz sol, chove. os candidatos se apresentam, e finalmente é o dia da eleição. domingo. mais um domingo. e você ali, parada. (aumenta o rádio, me dê a mão) um pequeno gesto pode ser uma salvação avançar (coração). em meio à lama não desistir. (espada). e esse não desistir é o que chamamos de beleza, e essa beleza chamamos de homem(paus). ali, onde tudo fracassa e em meio à derrota, onde na manga moram cartas embaralhadas e misteriosas, num sopro de coragem, o homem, apesar de tudo vence. é o conjunto de cartas que compõe o jogo. em época de embaralho o curinga é (ouro). (parênteses do inconsciente) eu estava numa galeria de arte construída em cima do mar, havia passarelas onde podíamos ver a água passando fui convidada para fazer uma performance no dia da abertura dei uma folha de papel e uma caneta para cada convidado no papel havia os dizeres e as explicações: "modo de fazer um barco de papel" todos seguiam e montavam seu barquinho com a caneta eu pedia para que escrevessem o que eles gostariam que o mar levasse terminada a tarefa era só jogar o barquinho no mar a galeria ficou cheia de barquinhos de papel passando por baixo dos nossos pés e então os barcos começaram a afundar eram cachorros, muitos, milhares que moravam no fundo do mar e levavam os barquinhos lá pra baixo e comiam o desejo de cada participante da obra
acho que esse sonho foi importante, por isso quis guardá-lo aqui. espelho meu, meu riso é seu passa nuvem negra larga o dia
e vê se leva o mal que me arrasou (sem parar na voz da gal) eu perco o sono procuro palavras eu tenho um ideal de mim e o que eu sou de verdade não condiz te deixo livre com suas asas confusas e longas para tropeçar e definir seu próximo vôo, mesmo que o destino seja tão tedioso quanto ficar num mesmo ponto para sempre é tudo uma questão de ponto de vista no meu ideal eu abro meus braços e deixo me envolver por outros anjos, sou levada nas costas de uma cegonha rosa bebê, vejo as coisas do alto e elas praticamente não me tocam, são nuvens passageiras, chuvas de verão azul que fazem cócegas nos meus cabelos assisto tudo pela janela desse trem bala com destino a marrakesh tomo um tchai com um indiano bigodudo um ácido com os rapazes de mochila leio leminski, sponville, clarice, encontro uma foto do meu pai no meio do livro, levo pro peito e tudo é previsível e lindo eu não me incomodo com a previsibilidade dos acontecimentos eu não me incomodo com nada, e eu aceito, me rendo aos pés de lótus desse destino sem direção até te encontrar no próximo vagão me pediu pra contar uma história ilustrada pra você dormir, aqui está meu benzinho bons sonhos sonhos bons onda boa boa onda tava na hora: porque viver é assim mesmo, você se apaixona fica tudo cor de rosa você se sente a pessoa mais iluminada abençoada sortuda e presenteada do universo tudo flui o motorista do ônibus é simpático o padeiro é lindo sua rua é cheia de pessoas simpáticas o vizinho tem um cachorro maravilhoso que tudo bem às vezes late e mostra os dentes para você mas isso é vida é energia e você acha aquele cão bravo e barulhento uma matéria estimulante e adorável e a fila do metrô é gigante mas você nem liga porque tá tocando no seu ipod aquela música do chico buarque que diz exatamente como você se sente como mulher porque agora você tem uma paixão um homem que te deseja como ninguém que ama a sua unha vermelha descascada a sua cara amassada e a maquiagem borrada assim que você abre os olhos e ainda te diz que não conseguiu dormir porque passou a noite inteira olhando para você enquanto você provavelmente babava no travesseiro tudo tudo tudo tudo é lindo olha a sinfonia de buzinas da paulista que som bonito que faz, aliás você já tinha reparado na beleza das pessoas andando pela paulista correndo parece uma coreografia da pina baush sim você começa a achar beleza magia em tudo até na chuva que não para de cair sobre a sua cabeça plim plim plim plim parece mágica que pingos d'agua possam cair ali de cima e alcançar você aqui embaixo a mesma chuva que te molha aqui na augusta molha o seu amor em outro lugar da cidade e pronto é lindo vocês dois estão conectados então chega uma hora que tudo que você deseja é ficar sozinho a sua rua é feia suja escura e mal cuidada o cachorro do vizinho é um animal bruto e violento o padeiro é ignorante e a fila do metrô é insuportável mesmo ouvindo beatles no último volume a chuva molha o seu pé e você sabe que amanhã acordará resfriada o telefone toca e você não consegue atender porque se atrapalha com o guarda chuva você liga de novo e a pessoa do outro lado não consegue atender e você sabe exatamente que não não não estão conectados então chega essa hora que tudo o que você deseja é sair correndo sem saber para onde ir e entende racionalmente que ninguém vive o tempo todo só de amor senão essa pessoa morreria afogada no seu mundo cor de rosa cheio de ludicidade e pouca lucidez mas, você não quer a lucidez você quer ser cair de cabeça numa piscina cheia de coraçõezinhos piscantes feito luzinhas de natal i love you i love you too é só isso que você quer se afundar nesse buraco já que você está em queda livre e o buraco é sempre mais embaixo do que sua imaginação pode alcançar decide-se: pára de pensar e literalmente sai correndo deixa a bolsa cair o guarda chuva cair o celular cair e sente a gravidade do mundo te puxando para baixo e você se entrega permite o acontecimento regido pelo acaso sai correndo pela rua trombando pessoas que te xingam te ignoram se espantam assobiam e não se comovem e uma onda boa percorre seu sistema nervoso o sangue circula você sente o coração pulsar com uma frequência absurda tá aqui na boca e clic! é assim, justamente assim que seu corpo reage quando está apaixonado pronto! o mundo tem graça novamente você ri de si mesma dos altos e baixos da vida da dele da sua dos seus amores dos seus amigos de todo mundo e se sente abençoada novamente e pensa caramba eu moro aqui dentro desse corpo tenho um coração uma mente maluca meu sangue ferve eu tô na vida e viver é isso então você aumenta o som que estava no shuffle e por uma ironia do destino e uma combinação maravilhosa do acaso está tocando nina simone
Say, love me or leave me and let me be lonely You won't believe me but I love you only I'd rather be lonely than happy with somebody else
I want your love, don't wanna borrow Have it today to give back tomorrow There's no love for nobody else e segue tranquila à caminho do fim do dia 24 de setembro de 2010.
também é uma possibilidade
1,2,3 a ordem é não pensar a verdade é que eu queria permanecer de olhos fechados não sei que força estranha é essa que me permitiu retirar a mão dos olhos, não quero, não gosto do que vejo prefiro o escuro da minha cegueira ignorância absoluta quentinha aconchegante sofazinho sopinha carinho cobertor nas pernas conchinha bom dia boa tarde boa noite tá tudo bem tá tudo legal olha o sol que bonito olha a chuva que poética olha os pingos que caem meu amor pela janela olha que bonito o desenho que faz não quero o vislumbre de uma felicidade outra de uma adelita outra de uma possibilidade de uma nova vida cheia de potência exuberância risco perigo corpos sexo inteireza deslumbramento olha os pingos que caem do meu rosto amor escorrem pelo nariz olha o rímel desenhando minhas bochechas você não acha bonito mas é tem poesia amor observa aquime olha não tira os olhos de mim não quero o mundo por inteiro as coisas por inteiro como eu tenho dito e se eu disser que eu gosto da metade, do parcial, do que não é saudável, da migalha, você acreditaria? - você caiu na minha conversa, não percebe? a verdade é que eu não aguento viver de verdade toda essa potência de vida que bate na minha porta é tudo um jogo de palavras porque pra verdade essa ainda não é minha hora (quando eu estiver pronta, retirarei a venda irei ao primeiro orelhão discarei o seu número ficarei em silêncio você vai entender tudo e dará sua voz de comando:
Eu quero ir pro cinema
Você reclama
Meu coração não contenta
Você me ama
Mas de repente a madrugada mudou
E certamente
Aquele trem já passou
E se passou Passou daqui pra melhor, foi!
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
(como num fluxo inesgotável)
tobari - evoca a passagem do dia à noite como feitiçaria: por um toque, fecha-se os olhos o que você pensa que existe, não existe mais. agora é escuro, silencioso e você pode fazer do seu jeito. eu digo do seu jeito, não do meu queria ser mais carinhosa e compreensiva queria não me importar, mas me importo queria ir embora com o sankai juku, pra longe fiz a tal da feitiçaria: fechei os olhos, tudo sumiu.
de olhos fechados tateia a cama e encontra o corpo dele de bruços. em silêncio escuta sua respiração profunda. a mão direita toca suas costas de homem e sente o abdômen subindo, descendo, o corpo vibrando, um corpo que descansa. desce a mão pelo braço e aperta firme seu dedo indicador como fazia quando menina e tinha que atravessar a avenida movimentada com o pai. é um pedido de socorro. ele está ali. ainda está. ah, como deseja aquele corpo! pequeno, definido, tamanho exato, perfeito pra ela. sente seu sexo quente, mole, feito criança. ama essa pessoa como quem cai no nada. recorda as últimas frases ditas, a última conversa antes de caírem no sono. angústia. gruda seu corpo no dele e solta um grunhidinho próprio de quem não sabe o que fazer. passa a sofrer antecipadamente com o que virá, com as mil possibilidades de um futuro para essa relação. aberta? acabada? em tempo? quer esquecer. não quer pensar. muda de assunto - foge . agora de olhos abertos, pega o celular ao lado da cama. 6h45. passou o domingo inteiro dormindo. checa as ligações perdidas, não retornará nenhuma. pensa nos compromissos do dia. são poucos. pisca os olhos, recorda: sonhou com um circo. como é mesmo o nome da pessoa que se equilibra num fio de arame? funâmbulo. isso! pensa no funâmbulo do seu sonho. era forte, determinado, seguro de si. tão diferente de como ela se sente nessa manhã. sente o arame debaixo dos seus pés e mesmo deitada, com o corpo todo apoiado na cama tem a sensação de estar em perigo, no alto de um precipício, apoiada sob uma linha. "o funâmbulo sou eu." "dança na corda bamba de sombrinha e em cada passo dessa linha pode se machucar"- cantarola joão bosco baixinho, para não acordá-lo. (veja os desenhos que faz, me conte tudo) (é o que eu sinto - sinto muito) (quando as aparências enganam)
uma nuvem de lágrimas sobre (disfarçando as evidências) é um jeito triste de ter você
perdida. incomodada. tô me sentindo assim com ansiedade. quero que essas coisas passem logo. 12:05
mas o melhor não é deixar eles passarem, é eles te ajudarem a transformar 12:05
talvez vc precise olhar pra eles por mais tempo e não tentar fazer eles passarem 12:05
12:06
dói olhar mas não tem jeito, não tem outra saída 12:06
prefiria dizer que a nossa vida é cor de rosa, mas eu tb sei bem que cores difíceis não faltam por aqui enquanto vc fugir, a angústia vai ficar no seu pé esperando pra dar um bote 12:07
12:07
"Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores." da natureza das coisas minhas e suas
dos temporais, temperamentos, dos pensamentos chove sobre a terra sobre o meu teto sobre a minha cabeça eu o carrego tento fugir das poças em vão é impossível protegê-lo dessa tempestade quando não se encontra a resposta na natureza da gente ela responde por nós severa mãe autoritária que mostra o caminho verdade nua e crua doa a quem doer a mim dói o mar agitado o céu chorando você no meu colo capa de chuva transparente encharcada o chão mole-barro-vermelho me fazendo dançar com esse meu menino-presa-caçador que ameaça cair que pesa eu te seguro com todas as minhas forças te segurar é me segurar também chove chove muito e a gente quando se olha vê na retina a sombra de um arco íris a gente procura fora não encontra. dentro está. a vida tem dessas coisas,
o tempo fecha,o tempo muda tudo pra depois abrir pra depois abrir pra depois abrir eu roí todas as minhas unhas compulsivamente, obcecadamente enquanto eu róia, pensava: alguma coisa se passa comigo, algum significado obsceno e desconhecido está por trás desse ato selvagem de me roer até a carne, até sentir o salgado do sangue sento no divã e a cabeça ainda gira pelo excesso da última festa ela abre a porta para eu entrar. cambaleio, quase caio e digo sorrindo: ainda não dormi ela ri e diz: você continua dançando eu digo: estou dançando freneticamente há uma semana : simone, estou cansada. estou perdendo alguma coisa que eu não sei o que é, tenho 28 anos. quero filhos. não quero responsabilidades. quero ser reconhecida, não quero trabalhar. não quero frustrações. não quero dores. quero somente o prazer superficial. cinema, teatro, dança, exposição. quero absorver, não quero vomitar nada. quero cobertor em cima de mim. quero que coloquem na minha boca. quero que digam que eu sou linda, ótima, que tá tudo bem, que vai ficar tudo bem. que eu sou boa, legal e todo mundo me quer por perto. quero meu pai de volta. quero zerar um monte de coisa. o telefone toca. é o técnico do meu laptop: sua máquina está pronta, pode vir buscar : e minhas informações, conseguiu recuperar? : não, infelizmente você perdeu tudo.
saiu correndo, nem me viu ele me comia com aqueles olhos de comer fotografia
então eu sonhei com um saci pererêdei 2 reais pra ele, pedi algo em trocaele disse: saci pererê não troca nada não. só ganha
agenda 2010: 60% de desconto - me dá uma moça, perdi a minha farei dele o que bem entender o esquerdo falou: "acho que a gente tem coisas em comum" o direito respondeu: "mas você nunca me acompanha. ou tá sempre na minha frente ou só anda atrás de mim"
se encontraram na madrugada, embaixo dos lençóis. lado a lado. são pequenas atitudes que mudam tudo. um jeito de corpo. uma mão que cruza com a outra, e sem querer querendo, um apertar mais forte dessa mão desconhecida da outra mão que também deseja um contato mais quente, porém nem ela sabia desse desejo. é na hora que ela se encontra com a outra mão que descobre sensações novas e pensa.... opa, aqui tem coisa. são pequenos, pequeniníssimos gestos que mudam tudo. um botão e bum!, todos os e mails se apagam e lá se vai uma história de amor bordada em palavras. um botãoe bum! uma nação dorme. pra sempre comigo foi um gesto de olhar. primeiro um simples olhar. me olhou como quem reconhece, como quem repara em outro corpo, outro rosto. deve ter olhado meu cabelo, olhos, nariz, boca. olhou mais um pouco. provavelmente reparou que tenho sardas claras. e depois disso tudo, continuou olhando. já era tempo de desviar o olhar, mas ele permaneceu em mim. o que mais ele quer ver, eu pensava? já não viu tudo o que uma pessoa desconhecida pode ver em mim? me olhou, me reconheceu, observou minhas expressões e continua com os olhos grudados aqui. meu rosto quente. meu rosto vermelho. era isso que ele queria? me deixar sem graça? descobrir meus segredos? então pronto. a coisa já estava feita. seu pequeno gesto mudou tudo. seu pequeno gesto que não doeu nada em você, mudou tudo por aqui. agora já era. agora o viver só tem graça em esperar seus olhos. descobrir qual é essa sua curiosidade sobre alguma coisa que mora aqui no meu ser. esse mistério de mudar poucos códigos. não se pode olhar muito tempo para uma pessoa, não te ensinaram isso? invadi teu armário roubei sua camiseta cheirei sua roupa botei você no meu corpodeitei na sua cama vazia essa noite você vai dormir em mim grudado na pele de bandida que fui e você nem notou nem nunca vai saber início do curso de crônicas com o Carpinejar tema da aula: Embebedar alguém Último dia de carnaval, últimos minutos no salão Casais na parede se confundiam, já não dava mais pra saber quem era o homem ou a mulher, se eram duas mulheres ou dois homens, pouco importava. Aos meus olhos todo mundo se pegava, menos eu. Vampiro com branca de neve, chapeuzinho vermelho com chapolim, enfermeira com bombeiro, guarda noturno com guarda costas e eu, mais uma vez, de odalisca à ver navios. Eis que de longe, perto do banheiro masculino, avisto o pirata. Ali parado, com os olhos quase fechados - será o sono ou efeito da fantasia? Quem sabe era bebida? Abaixei um pouco a minha saia de odalisca, empinei os peitos e fui até lá, decidida que essa noite sozinha eu não ficaria. Parei na frente dele com uma cachaça na mão. Pensei comigo mesma: ou eu viro a cachaça agora e encaro o pirata, parto pra cima mesmo, ou eu dou uma reboladinha e digo a ele que naquele copo contém todo o oceano, e se ele virar tudo de uma vez ganhará o tesouro da ilha perdida. Ou seja, eu. Sim, ele vira o copo e ganha uma odalisca cheia de ouro pelos quadris. Então nesse momento de impasse, virar ou oferecer, oferecer ou virar, passa um trenzinho de pessoas alegres no salão cantando alalaô me empurrando e derramando todo o meu argumento pelo chão.
"a imagem é uma fonte, e mais que isso, um deflagador de idéias. ela sugere, é ainda mais violenta" é tudo tão estranho. desde o início eu tive muita dificuldade de aceitar. mas aceitei o pacto, apesar das dores, apesar das perdas, dos medos, das aflições. aceitei e desde o começo do ano atravessar não foi fácil. atravessar não significava passar por cima, como numa ponte e o rio selvagem lá embaixo nem sente o calor do seu corpo e você assiste a tudo pela janelinha e quando termina a ponte você diz: pronto! atravessei. atravessar para mim significa sair do carro, tirar a roupa, pular da ponte e atravessar a água gelada sozinha, só eu e a natureza, os seres da natureza, a fúria da natureza ou a calmaria dela. somente eu e o universo. o de dentro e o de fora. então vieram as reuniões. silêncio e turbulência. cada domingo era uma emoção que dominava. tinha dias que eu calava e nada fazia eu falar. foi num desses dias que nasceu a clarice, minha personagem na travessia. clarice não fala. não fala porque não quer, porque não pode, porque perdeu o fio. de conexão. clarice perdeu a fala. clarice ganhou outros sentidos. clarice ouve o que não se diz. vê o que não é visto a olhos nu. clarice é assim, e agora, depois que passou a viagem mas eu ainda continuo lá em algum lugar, eu vejo a presença da clarice tão forte em mim. a que eu fui lá e a adelita que está aqui. clarice é um estado. um estado selvagem porque não há controle. aparece quando quer, porque quer, porque é preciso. estranho no meu próprio ninho. eu peço bigode ele não faz eu peço o dia ele me dá a noite a cerveja, os amigos, o risco a certeza, a escolha e acolhe de madrugada ele pede um filho e de manhã ele acorda menino
eu agora, terça feira, 17h41, no meio do trabalho, distraída pensando na vida, na lua, nas amizades e nos meus amores. a gente veio embora e ela ficou no meio do caminho. ficou pra se conhecer por inteira, pra virar fera, pra ser selvagem e solta na vida. dona do seu próprio nariz. ficou porque quis e porque é dona de si. uma parte minha ficou com ela. foram 25 dias grudadas, quando as palavras já não cabiam mais na boca. eram gestos, ollhares e o silêncio que nos preenchia e dizia o que era indizível. nossa comunicação sempre foi assim. agora distante, ela virou uma coisa absurda... então chegou esse e-mail, lá de longe, lá onde a terra é mais quente e a fala é mais mansa....
A verdade é que me ensinou a amar diferente, porque eu a amo diferente, coisa louca que transcende o amor que já me era velho conhecido. Eu pude através dos olhos dela vê-lo com mais formas e sentidos, amor amiga de deitar no pé e chorar no colo, a única a quem eu molho de lágrimas, mesmo quando elas não caem. E contar um segredo vira cotidiano, conversar com os olhos e sorrisos, tudo isso, tudo cabe. É forte até nas unhas da mão roídas. E até isso eu acho bonito de ver, amo olhá-la olhando, amo olhá-la amando.
onde quer que eu vá te levo onde for
pra sair do sonho e encontrar o sol
eu sei lá o que eu vou escrever hoje vou deixar solto soltinho o texto assim como eu me sinto e escrevo com um sorriso nos lábios que vem de lá de dentro lá escondido lá do lugar que eu descobri que é bem violento porque foi lá na bahia que a mãe de santo me olhou e falou de cara vc é ogum ogum purinho e quando eu descobri a violência de ogum me assustei me assustei toda e não quis assim
porém eu na verdade não tava querendo ver o que eu sempre tento esconder mas desliza quando vi já foi e já tô cheia de violência de vida de vontade desejo de cair no buraco e saltar dele de trampolim mais forte mais bonita sou filha de ogum ela me disse de ogum purinho e eu não quis acreditar mas então eu dizia pra ela olha só vê bem vê se não é oxum a que segura o espelho a que tem mil pulseiras nos braços vê se não é ela meu orixá vai e de tanto insistir o preto véio veio pertinho de mim e disse ok minha filha tu é filha de ogum com oxum e daí me deixou mais confusa ainda porque no final das contas eu adorei aquele contato inicial aquela primeira impressão que ela teve de mim a Lourdes a mãe de santo de Trancoso aquela mulher forte pobre negra linda foda e depois do primeiro susto eu gostei muito de ser ogum purinho ela sabe o que fala ela sabe o que diz e eu tontonta medrosa não quis acreditar nesse primeiro contato nessa primeira impressão que diz tudo a primeira impressão é sagrada
e desde então eu sonho
eu sonho que eu fico muito muito muito nervosa e viro um demônio demônio com a cara vermelha foi assim essa noite e eu gritei com todo mundo na rua me assaltaram levaram a minha bolsa e eu virei um demônio doido que cuspia fogo pelo nariz vai saber são eles todos querendo sair
e eu acordei chorando
e depois eu gostei gostei sim é isso aí tem que gritar bater desacabelar deixar sair urrar
em vez de espelho eu quero uma espada
quero lutar ogum quero lutar com esses meus demônios todos meu pai meu pai amado19 de agosto, quinta feira lá do sertão, lá do cerrado a sede de ti prossegue, a sede de ti continua vive distante, que eu não sei por onde anda eu na seca, no sertão tentando ser tão eu a estrada toda carrega a sede de ti terra seca, Urucuia seca do sertão de Minas Gerais seco segue, como minha saudade na estrada de terra, no sertão, só eu, Deus e a terra, 160 km de terra. era fácil. desde o primeiro dia. mesmo com um beijo desajeitado, mesmo te empurrando pra outra. mesmo te seduzindo fingindo não te conhecer. era leve, fácil. mesmo tão bêbado que não conseguia conversar. quase que não me telefona. quase que não me acha. mas com você era fácil. me ligou, me achou, pegou o metrô, desceu a augusta, subiu a augusta.me deixou em casa, namorinho de portão. gostou do namorinho de portão. leve, fácil. gostou do meu gosto por futebol. gostou da minha leveza, era fácil de levar. até ficar pesado.da noite pro dia. o dia virou noite. até ficar maluco. até ficar doentio. até rasgar, cortar, ranger. até romper. encontrar. romper de novo, até chorar até secar até passar do ponto. desesperar, cortar os pulsos, cortar, gritar, chorar, morrer...partir, sumir. evaporar, virar pó no meio da rua. morrer de dia em plena avenida paulista. como se fosse a última19 de agosto, quinta feira tô na estrada longa de sol caminhões nuvens e árvores engraçadas tô perto do Rio tô ouvindo caetano tô voltando amor eu sei que você não é meu amor e sei também que você vai se assustar com essa palavra mas quero te chamar de amor agora e tem que ser agora e talvez seja só agora um amor inventado o nosso amor a gente inventa pra se distrair será eu gosto de me distrair com você foi você que eu escolhi pra me distrair ou fui escolhida por ti o que veio primeiro o ovo ou a galinha o meu desejo ou o seu só sei que o amor é o maior dos mistérios tenho saudade dos seus olhos fechados e da sua cara séria mas tenho mais saudade ainda dos seus olhos me encarando 1 2 3 4 5 infinitos segundos até eu virar o rosto queimado saudades dos seus joelhos sobre os pés e suas mãos sobre o seu coração 17 de agosto, terça feira
dei meu coração
agora
ele pertence
a esse bando família dzi croquettes
viver é isso, obrigada
e isso é pra sempre, profundo respeito
domingo, 13h53
lá fora choveu
em mim fez sol
alice ruiz
sexta, 16h08
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